Procura-se um amigo. Não precisa ser tremendamente especial, basta  ser humano. Precisa saber falar e calar – sobretudo, ouvir. Tem que  gostar de poesia, da madrugada, do sol, da lua, do canto dos ventos.  Deve ter ressonâncias e respeitar a dor que os passantes levam consigo.  Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja puro, mas  não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo, e no caso de  assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Deve gostar  de ruas desertas, de poças d’água, de beira de estrada. 
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos e dos diferentes, e  que saiba conversar sobre qualquer coisa. Um amigo para não  enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia,  anseios e realizações, sonhos e realidade. Um amigo que diga que vale a  pena viver, não porque a vida é bela, mas porque nos chama de amigo e se  comove quando chamado assim. Alguém que nos dê a consciência de que  ainda estamos vivos.
Será que essa pessoa é você?
 
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