A exaustão toma conta.
Minhas articulações doem em revide,
fracas demais para qualquer coisa.
Sem indultos, sem alívio,
anseio pelo sono,
antecipo o torpor que virá.
Ouço o travesseiro invocar meu nome –
do outro lado do cômodo, ele sussurra,
tonitruante em meus ouvidos.
Olhos se fecham contrafeitos,
já não vejo a tela através
das lágrimas de bocejo.
Estou perdendo velozmente esse duelo.
Não posso dormir!
(Como se a escolha fosse minha).
Minuto a minuto,
a contenda prossegue
até findar meu turno
: desabo na cama a tempo
de descobrir que estou
completamente desperto.
Na peleja com a fadiga,
a insônia acabou por vencer.
Escrito por
Fabrício César Franco
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