Fui hipnotizado pelas ondas
de um olhar
implacavelmente azul.
E na força das águas,
aportei
onde os olhos sabem suas lágrimas:
enseadas lentas,
praias desertas e cais
abandonados
em noites de recuerdos ao luar.
Súbito,
ventou um silêncio de brisa
e sem demora
: águas passadas,
sem ressaca.
12 comentários:
Perfeito!
Muito obrigado! Seja sempre bem-vinda!
Boas são as histórias com começo, meio e fim "sem ressaca".
Que venham outras!
Beijo.
Elem,
Precisamos aprender a fluidez da água; assim, corremos menos perigo de ficar enrascados nas tramas que não nos fazem sentido.
Beijo!
Amei!
Ronysi:
Muitíssimo obrigado pela visita! Volte sempre & mais!
Beijos!
Tsunamis por aqui...
Águas passadas, sem ressaca. Acredito que seja importante olhar para trás, mas somente se a vista for bonita. Bela poesia, Fabrício, gostei daqui. :)
Giovanna,
Bem-vinda! Todos nós temos, como automóveis, ao menos um retrovisor. Nem sempre a vista é bonita ou prazeirosa, mas ainda assim, perscrutá-la vezenquando é essencial, ao menos para evitar repetir os erros. O melhor de tudo é surfar nas memórias boas e deixar fluir a tristeza das não tão boas para longe de nossas praias.
Volte sempre!
Ana,
Não compreendi, totalmente, onde fica esse 'aqui' que você se refere. Garanto-lhe: aqui não houve desastre. Então resta-me a pergunta: tudo bem com você?
Rs...talvez eu tenha economizado palavras, me desculpe pela falta de clarezas.
O que eu quis expressar foi que aqui sempre leio coisas que me fazem oscilar, mais do que uma onda.
Aproveitei a deixa da "onda" do post e a exagerei em "tsunamis".
=)
Tudo bem, comigo.
"Aqui" é dois lugares. No seu blog, onde estou. E comigo, com quem estou.
Hum...compliquei de novo, né? Rs...
Ana,
Complicou mesmo... Mas era de se esperar, de alguém que estuda Lacan, não é? :)
Beijo!
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