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À Soneide Caetano
(
A distância entre os corpos nossos
não sentencia, apenas insinua
o afastamento.
A solidão não se ergue, simula-se,
situa-se enquanto vai sendo.
Síntese:
aceitamos a dissimetria,
na surdina dos sufocados.
Um sujeito em meio a uma algaravia de signos e sentidos. (15 anos!)
Poeta?
É a musa
que o pariu!
10 comentários:
Abre-se um espaço, como preenchê-lo?
Aplaca-se tantas ausências, meras ilusões, supridas por lembranças,partes nossas no vácuo do tempo.
Beijos.
Fernanda,
O vazio - vezes tantas - é preenchido, precariamente, por palavras: poemas, contos, textos... A falta do outro, o que nos foi impossível viver, isso fica para a literatura (ou sonhos, que são literatura não impressa).
Um beijo e obrigado pela visita!
Deu-me até vontade de chorar... Porque será que insistimos em viver solitários ainda que ao lado de outrem?
Bjuss
Suzana,
E nesse caso, em particular, nem foi vontade de viver solitário. Foram as situações em torno que nos levaram a isso. Quantos de nós não somos forçados a não-viver uma relação?
Beijo!
Fabrício,
Mesmo num belo poema, como o seu, solidão é prato difícil de digerir. Não há enzima que hidrolise tamanha dor. Aff!!! Lido com as saudades, jamais com a solidão.
Que Deus nos livre desse banquete.
Inté
Raquel,
... Vezenquando, somos obrigados a participar desse festim infeliz, sendo nossas próprias dor e falta o prato principal. Indigesto, como você mesma disse.
Um abraço! Inté!
Caríssimo POETA,
Separações são sempre dolorosas... Mas, muitas vezes, necessárias.
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E, sobre o título QUEBRANTO: segundo a crendice popular, é o efeito malévolo que a atitude, o olhar de algumas pessoas produzem em outras. No texto, pelo que observo em você e "de você", acredito seja:QUEBRANTAMENTO(ato de trazer alívio, calma.../sic!)
Grande abraço,
Andrea Marcondes
Andrea,
Sua observação, mais uma vez, está correta. No caso em epígrafe, houve mesmo, ainda que não pudesse provar, influências externas negativas para que a separação acontecesse. E, ainda, pelo mesmo dicionário, QUEBRANTO pode ter o sentido de prostração, de aniquilamento da vontade após uma acontecimento desfavorável...
Abraço, com carinho!
A aceitação às vzs é o melhor passo para se seguir em frente...
Sempre bom te ler, Franco.
Bjo
Rafaela,
Difícil é entender isso e desapegar, quando o sentimento parece nos dizer que o que temos em mãos é o melhor para nós, desde (e para) sempre. Só que não.
Beijo, poetisa!
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