Os verdadeiros tempos modernos que representara Chaplin...
Ontem assisti ao filme Battleship e achei sensacional - qual Transformers - como explora uma temática tão crítica (máquinas x humanos), ainda q sob a atual (e futura) dependência dela. Tenho verdadeiro medo do por-vir.
Caríssimo POETA, A exigência da PRODUÇÃO "maquiniza'(sic!)os que produzem... Vem-me à memória um trecho de uma poetisa que você conhece: "Membros operários lassos Em ternos passos, Três turnos sustentando o "FAÇO"." ( N. C.) Meu abraço, Andrea Marcondes
como conheço tal cena!!!! O maior problema: a usina acaba instalando-se dentro de todos os espaços da cidade. E sufoca o ar e a rotina... É cidade-aço.
Fiquei ponderando o quanto a atmosfera "de aço" do vale não nos impregnou com o mesmo viço (vício?) para escrevermos sobre o mesmo tema. Acho que a vida, mecanizadora sim, segregadora sim, destas paragens cinzentas nos forjou rebeldes dessa repetição esmagadora.
Eu imagino o quanto sufocada está a vida por aí, agora que a usina deixou - há muito - de ser a grande "mãe protetora" (se é que fora algum dia) dos seus empregados.
A cidade-aço mostra já os sinais de corrosão, não é?
A vida tem ficado menos poética a cada dia, "canções amigas" são mais escassas a cada dia. Há mais e mais belicismos no ar. Escudemo-nos na poesia antiga, aquela que já provou ser de confiança. Quem escreve, hoje, corre o risco primeiro de não ser ouvido; o segundo, de não fazer sentido; e o final, de nem sequer ser entendido.
12 comentários:
Os verdadeiros tempos modernos que representara Chaplin...
Ontem assisti ao filme Battleship e achei sensacional - qual Transformers - como explora uma temática tão crítica (máquinas x humanos), ainda q sob a atual (e futura) dependência dela.
Tenho verdadeiro medo do por-vir.
Beijo, poeta
Rafaela,
E esse texto é ainda dos tempos em que eu morava numa cidade dominada pela maior siderúrgica da América Latina... O por-vir é de antanho, nesse caso.
Beijo e obrigado pela visita.
Acho que ainda é "Tempos Modernos". O não ter tempo de pensar. Não poder parar de fazer pra pensar a razão de estar fazendo.
O seu texto foi feito ontem, o do Chaplin mais ontem ainda, e a realidade continua sendo tão hoje.
"Haja hoje para tanto ontem
E amanhã para tanto hoje, sobretudo isso"
Will,
A desumanização é anciã, portanto. Não mudamos, ainda que haja a falsa propaganda de que progredimos. Resta perguntar: para onde?
Abraço e obrigado pelo comentário visceral.
Caríssimo POETA,
A exigência da PRODUÇÃO "maquiniza'(sic!)os que produzem...
Vem-me à memória um trecho de uma poetisa que você conhece:
"Membros operários lassos
Em ternos passos,
Três turnos sustentando
o "FAÇO"." ( N. C.)
Meu abraço,
Andrea Marcondes
Fabrício,
como conheço tal cena!!!! O maior problema: a usina acaba instalando-se dentro de todos os espaços da cidade. E sufoca o ar e a rotina...
É cidade-aço.
Bj
Até mais
Andrea,
Fiquei ponderando o quanto a atmosfera "de aço" do vale não nos impregnou com o mesmo viço (vício?) para escrevermos sobre o mesmo tema. Acho que a vida, mecanizadora sim, segregadora sim, destas paragens cinzentas nos forjou rebeldes dessa repetição esmagadora.
Abraço e obrigado pela visita!
Raquel,
Eu imagino o quanto sufocada está a vida por aí, agora que a usina deixou - há muito - de ser a grande "mãe protetora" (se é que fora algum dia) dos seus empregados.
A cidade-aço mostra já os sinais de corrosão, não é?
Beijo e inté!
Fabrício,
a cidade tá descascando um tiquim... Além da economia mundial, há outros ácidos ainda mais fortes: incompetência e corrupção na gestão municipal...
Por que a vida real não é uma "Canção Amiga"? Seria muito melhor preparar canção que acordasse homens e adormecesse crianças.
bj
Raquel,
A vida tem ficado menos poética a cada dia, "canções amigas" são mais escassas a cada dia. Há mais e mais belicismos no ar. Escudemo-nos na poesia antiga, aquela que já provou ser de confiança. Quem escreve, hoje, corre o risco primeiro de não ser ouvido; o segundo, de não fazer sentido; e o final, de nem sequer ser entendido.
Beijo!
Homens comuns vivem suas felicidades e tragédias à céu aberto...
Adoro sua poesia.
Bjuss
Su,
E a céu aberto, construímos nossa lide diária.
Um beijo e obrigado pela visita!
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