Ruínas de um dia. Todas as alternativas
do apartamento já gastas de tanto uso:
...você que não telefona. E eu plantado
em esperas. Com uma angústia azedando
nos olhos. Com um coração extraviado,
Tordesilhas do outro lado da cidade.
O motor, o pneu, o trânsito? Uma
pluralidade de desculpas tripula sua
ausência. Por que você não me liga?
Escrito por
Fabrício César Franco
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12 comentários:
Prefiro a pergunta:
_ por que ainda espero?
Amor de verdade
não rima com
ruínas e desculpas.
Abração, amigo!
Renata, poetisa:
Concordo contigo. Mas fazemos concessões, não? E nessas, aguardamos a vida quando o amor estiver ao lado. Melhor viver, independente disso. Aprender tal coisa é uma daquelas lições imprescindíveis.
Abraço e muito grato pela visita!
Poeta,
ansiedade do encontro provoca maluquices tantas que nem Freud explica... Só mesmo a poesia pra nos salvar.
Que venham outras tábuas de salvação por meio dos seus escritos.
Bj
Raquel,
Nesse mundo atribulado em que vivemos, a ansiedade é quase como uma segunda natureza, não? Que a poesia nos salve!
Beijo!
Caríssimo POETA,
Poetas, como você, traduzem expressivamente os SENTIMENTOS HUMANOS (sic).
Sem dúvida, toda espera causa ansiedade. E quanto mais valor damos ao que esperamos, mais cruel é o tempo da espera.
Já experimentei esta angústia tantas vezes... E, "malheureusement", o resultado nem sempre foi compensador.
Meu abraço, com admiração,
Andrea Marcondes
Caríssima Andrea,
Dizem que "quem espera, sempre alcança". No entanto, acredito que eu não fui talhado para esperar. Fico "conflito" (para usar um termo da infância).
Abraço, com saudade!
Eu, como boa dupla libriana e pocinho inseguro por natureza, sou péssima quando é preciso esperar. Os anos passam, mas não melhorei muito nisso.
Nanda,
Esperar, para qualquer um (acho que até para os mais "zen"), é sempre um processo árduo. Ainda mais nesse nosso tempo, vorazmente ágil e com tudo para ontem.
Abraço!
Poeta,
A sorte é que eu sei que nem tudo que você escreve é sobre o que você realmente viveu ou sentiu. Caso contrário, eu iria atrás dessa desalmada que te deixou nessa angústia e daria umas palmadas nela. Rsrs
Beijos,
Indi
Indi,
Desta vez, você errou. Foi sobre mim, sobre o que vivi. Não é recente, ao contrário, faz muitos anos (quando não havia celulares, e a gente vivia na tensão das esperas dos atendimentos nos telefones fixos).
Beijo e obrigado pela visita, pelo comentário, e pela defesa.
A sintonia entre texto e imagem (belíssimos) deu todo um charme noir...
Beijo, poeta!
*finalmente recuperei minha senha do blogger... Q saga!
Rafaela!
Que bom tê-la de volta, aqui, no Logomaquia. E melhor ainda, sabendo que já é, de novo, portadora de sua senha! Obrigado pela visita e comentário!
Beijo!
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