Não o beijo,
mas o calor dos seus lábios em minha pele.
Não o físsil de suas pernas,
mas o compromisso de mais estros arraigados.
Não a cópula,
só o cio que vaga lasso pelo corpo.
Cintila na íris o flerte,
dança de subentendidos.
No duelo com o desejo,
saco antes da dúvida:
com a língua em riste,
mergulho minhas papilas
numa galeria de obscurantismo
e viscidez, provo do sabor da fruta
à véspera do próprio açúcar.
De tal modo amo,
que faço o próprio Eros
abrir com faca
o esplendor de outra manhã.
2 comentários:
Uau!!!
Essas vésperas, esses quase, essas evocações... 💓
Lindíssimo!
Obrigado pela gentileza das palavras.
E sim, nessas vésperas que o bom se edifica, né?
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