sexta-feira, 4 de março de 2011

Exercício da vertigem


Há tristeza no signo do crepúsculo 
- a emprestar o tema.

O amor, sei que é
por um triz,
passadiço e árduo.

Mas com o que
e onde me escusar
do que não é amor,
simplesmente?


14 comentários:

Ana SSK disse...

Ai, e eu nem sei o que não é amor.

Fabrício César Franco disse...

Daí a minha pergunta, Ana...

Obrigado pela visita!

Will Carvalho disse...

Pô, querido Fabricio... esses dias em que estiver totalmente voltado para o tcc não pude visitar seu blog... e sabe que fez falta!?
Abs

Fabrício César Franco disse...

Will,

Bom é saber que estou sendo lido. Venha sempre que puder, até mesmo para 'tomar um fôlego' para o TCC. E sorte nessa sua empreitada. Depois quero ler o livro... :)

Abraço!

Anônimo disse...

O amor é um negócio grande em mim, tenho tanto, mas tanto que não consigo nem imaginar onde ele não esteja, onde não posso encontra-lo. Até hoje onde não tinha deixei um pouco do meu, o que sobra em mim, mas devo confessar que nem sepre este gesto de pingar amor foi perceptível aos outros, pois cada um enxerga com os olhos que possui. E a lente para se ver o amor é a do próprio amor.

Beijo amororso Fabrício!

Fabrício César Franco disse...

Van,

Vezes há que percebo esse amor ao redor mais como cerco do que libertação. Asfixiante. E temos que respirar, para poder vivenciá-lo apropriadamente. Talvez haja 'formas de amor' mais ou menos determinadas para cada um, em cada momento. E assim, seríamos como montadores de quebra-cabeças, colocando as nossas peças em ordem, para podermos usufruir do inteiro do sentimento.

Beijos!

Anônimo disse...

É isso fabrício: um quebra cabeças a se montar, disseste bem.

A angústia vem do fato de sabermos que o relógio fai anunciar o fim do tempo para se monta-lo, mas não sabemos daqui a quanto. Se soubéssemos de quanto tempo dispunhamos, a tranquilidade nos faria encontrar melhor os encaixes das peças.
Nos atrapalhamos meio no desespero, queríamos usar todo o tempo de que necessitamos, mas este é pre-determinado, e não sabemos até quando vai.


Bjs

Fabrício César Franco disse...

Van,

... Mas saber do tempo que nos resta, seria benesse ou maldição?

Melhor deixar como está; vamos montando nossos quebra-cabeças na nossa própria e precária velocidade.

Beijo!

Ane disse...

Vida sem vertigem o que seria? Como caminhar sem a possibilidade do abismo ao lado?

Anônimo disse...

Poeta,

Confesso que ainda não sei responder sua pergunta, e nem ao menos sei se um dia conseguirei.
Seria preciso antes saber definir o que é o amor, e essa não é tarefa das mais fáceis, né?
Acho que o importante não é fugir do que não é amor, mas tentar manter aquilo que consideramos amor.
O que não é amor, naturalmente vai nos repelir,não acha?

Beijo

Morena

JB disse...

"Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor? " Com as palavras de Camões...

Fabrício César Franco disse...

Ane,

Pelo menos poderíamos ter um guard-rail, ou um corrimão, para nos apoiar na nossa caminhada, sem que o abismo ficasse - assim - tão próximo do nosso passo em falso?

(Que bom que veio me visitar aqui!)

Fabrício César Franco disse...

Morena,

Concordo contigo. O amor se perfaz diante de nós em gestos e palavras, ainda que nem sempre consigamos traduzi-lo facilmente. Mas é tentando, cotidianamente, que amamos.

Beijo, com carinho!

Fabrício César Franco disse...

JB,

Pois é, desde Camões (e até mesmo, antes dele) vivemos presos aos grilhões do amor. E se nem o poeta dos Lusíadas conseguiu definir o sentimento, quem somos nós, não é mesmo?

Volte sempre!

 
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