A geometria de uma noite de sábado,
aos poucos, se completa.
Deixo entrar
um luar sem atenuantes
pela janela do quarto.
Empreendo uma viagem visual
pela cidade: as adagas esguias
dos edifícios me insulam
ainda mais.
Eu vegeto.
Estou mais só
do que eu mereço.
14 comentários:
Que o luar se abra e eis que se ilumine o estar só,sem nunca estar.
Um beijo.
Fernanda,
Que seus votos façam com que o luar me traga aquela que me é companhia.
Beijo!
uma solução lógica
para uma solidão geométrica:
largar o compasso,
quebrar o esquadro,
esquecer o transferidor.
a álgebra
e todos os seus problemas
parecem tão mais humanos...
Abraço doce de lira!
Renata,
Fiquei muito encantado, emocionado mesmo, com seu comentário. Muitíssimo obrigado por uma comentário tão gentil e pela leitura tão generosa do que escrevo.
Abraço, com carinho!
Como eu disse no facebook, brinquemos de equações, amigo. rs
O prazer foi todo meu em dialogar contigo.
Pictografar um quadro (paisagístico e anímico) em poucas palavras, em tão bonitos versos, é mesmo para poucos.
Vc realmente não merece, mas não deixa por menos!
Bjo, poeta!
Renata,
Que as equações nos levem a soluções (poéticas, sobretudo) mais fáceis de se levar a vida.
Seja sempre bem-vinda por aqui.
Outro abraço, mesmo carinho!
Poetisa,
... Muitas vezes, o que nos resta, tão somente, é a palavra.
Um beijo!
Não faça mais cálculos geométricos
Faça planos
Não há noites de sábado que se passem em vão
Não vegete, você não está só...
Bjuss
Su,
Não há muita escolha, caríssima. O cerco da rotina se fecha, e, muitas vezes, só me resta me ajeitar - como posso - para caber nele.
Beijo!
Caríssimo POETA,
O título (como ocorre em seus textos) é INQUISITIVO... Confesso não ter traduzido seu objetivo. Seria pelo fato de ser a SOLIDÃO uma DOR que acontece a TODOS NÓS que desejamos a companhia daquele(s) a quem amamos?
Grande abraço. Apesar da distância, estou ao seu lado, com meu apreço e admiração.
Andrea Marcondes
Caríssima Andrea,
O título se refere, mesmo, ao fato de todos estarem - em algum momento ou outro - na posição em que estive, sozinho. A solidão como um lugar comum a todos.
Abraço, com carinho!
Poeta,
"Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela (...)
Eu vejo tudo enquadrado" (Adriana Calcanhoto)
Mas o luar é sempre boa companhia. Ilumina o enquadrado, sem ofuscá-lo... é alento em noite escura...
Que haja mais noites enluaradas...
Bj
Raquel,
A lua foi minha guardiã e aliada durante incontáveis noites. Hoje, prefiro não abusar da presença dela, querendo ousar além do confinamento. Há que se viver, fora dos limites que nos enclausuram.
Obrigado pela visita!
Postar um comentário