Nossas despedidas cotidianas
somente foram ensaios para a cena final
: esse adeus numa manhã quarada de maio.
Em tinta, a tez do luto sobre o papel.
Sou todo ao convulso. Procuro razões.
Não há mais como
identificar a cor sem
embalsamar o camaleão.
O dia estaciona e a realidade
desce em mim feito avalanche.
Já não somos. Fomos.
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