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do Diário do Confinamento
(
Nuvens difusas alinhavadas no azul,
o dia propondo suas tramas:
a temporária diluição da angústia,
a brandura em miligramas.
Um vestígio de sossego
na precariedade que me habita.
O medo ainda avinagra a alma,
mas a respiração não está aflita.
Ouso até crer que é possível
suportar esse pranto que não vaza,
ignorando a coação para sair,
não desistindo de me aguentar em casa.
Diante das minhas certezas precárias,
o silêncio honra minhas perguntas com as dele:
o que será daqui para frente?
Melhor esse sentido? Ou aquele?
2 comentários:
Ah, o silêncio... Sempre falando aos q lhes têm ouvidos.
Poetisa,
... Mas nem sempre ele é inteligível...
Grato pela leitura e pelo comentário!
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