)
do Diário do Confinamento
(
Tentamos ser tudo de uma só vez:
nossos nomes e sobrenomes,
nossa solidão e nossa coletividade,
nossa ambição afoita e nossa esperança cega,
nossos amores
não correspondidos
e parcialmente aceitos.
Nossas vidas perpendiculares
configuradas em paralelo,
não nos gráficos austeros da biografia oficial,
mas em diagramas de múltiplos lados
e pontos de vista.
Vidas que se tramam com outras
e dessa tapeçaria surgem pequenas verdades:
contra a convenção e o coletivismo irracional,
cada um sabe a dose que lhe envenena ou cura
e a solidão que lhe é companhia ou agrura.
2 comentários:
Simplesmente maravilhoso!
Acho q vou usar trechinho pro poetize (abandonado q só... 😔)
Muito grato pelo elogio.
Escrever é o que tem me colocado nos eixos nesse confinamento cheio de presságios e receios.
Volte sempre!
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