quarta-feira, 8 de junho de 2016 12 comentários

Loa ao olho


Um ídolo que requer segredo, o olho 
não tem matiz discernível e confere 
ao espectro o que lhe falta

: as cores se refratam 
                e colidem 
                e formulam o visível. 

O olho é um zero 
difratando o tempo 
                e a água. 

É pelo que revela: 
uma condição de vantagem, 
um contrato 
                com o que se percebe. 

O olho é nada 
que já se viu.

 
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