1.
Seja meu termo,
dado boca a boca,
como um beijo à força,
que os lábios secos
racham-se por mais.
2.
Seja meu anátema
nessa pugna de contrários,
delinquindo meus dogmas,
totens tão bem erigidos
à vacuidade das ideias postas.
3.
Seja minha dor,
bálsamo ao reverso,
a que o corpo lembra como um bordão
a cada novo mo(vi)mento,
em irremissível memória.
4.
Seja a centelha matemática,
no espaço vário
desse parangolé mazombo
que chamo de vida.
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