Segunda-feira, imensa desolação a céu aberto.
Pondero a singeleza dos meus cadarços,
como se uma filosofia, uma vida noturna,
pudesse ser elaborada dali,
deixo as horas deslizarem, distraídas.
O calor da tarde dá morada à lentidão da alma.
Temos tempo.
Não que haja muito a dizer
: a nostalgia carcome, voraz,
as notícias de sempre.
As vitórias são as mesmas,
raquíticas, pele e osso.
De ser feliz não se sabe,
nem há notícias de Deus.
Morrer é fácil, não há justiça.
Horas de trégua ainda há,
quando se afiam as facas.
Entretanto, nada significa,
irrisório e medíocre.
Sob a ferida exposta da mais-valia,
concluímos: viver, na verdade,
é um jogo de desarmar.










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