sexta-feira, 14 de março de 2014

Poética


As falácias do poema
sob o laço da palavra.

Os cimélios da palavra
sob a seda do poema.

As delícias do poema
sob o foro da palavra.

Os negócios da palavra
sob a luta do poema.

As penúrias do poema
sob o jugo da palavra.



14 comentários:

Anônimo disse...

O que eu desejo
Para esse dia
É que na sua vida, poeta
Não falte poesia.

Perdoe o poeminha desajeitado, tão diferente dos seus, ricos e sonoros.
Só queria agradecer a você por compartilhar comigo e com tantos outros a beleza de sua poesia.

Com carinho,
Morena

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Interessante a inversão de lugar entre palavra e poema q vc causa, Franco...
Enqto lia, senti q deveriam ser mantidas desde a primeira, mas vc traz uma nova leitura, novo olhar e assim eis a poética evocada.

Bjos

Fabrício César Franco disse...

Morena,

Quem agradece a leitura generosa e atenta sou eu. Que eu possa lhe trazer aqui mais vezes, tendo o presente de seus comentários no que eu escrevo.

Obrigado, mesmo.

Beijo!

Anônimo disse...

Parabéns, POETA!
Hoje,é o Dia Nacional da Poesia.
..................................
Ao ler seus escritos, experimento: "AS DELÌCIAS DO POEMA
SOB O FORO DA PALAVRA"!
Grande abraço,
Andrea Marcondes

Fabrício César Franco disse...

Rafaela,

... Para que a mesmice, se podemos ir além (ou aquém) do que é exposto sempre? Gosto de variações (e você também!). E a batalha entre a palavra, essência poética, e poema, produto acabado (será?) é das mais constantes e ricas a que somos submetidos, nós que ousamos escrever poesia.

Beijo e obrigado pela visita!

Fabrício César Franco disse...

Andrea, querida.

Tive boas indicações poéticas suas, que me levaram à escrita. Se hoje celebro o dia nacional da poesia, foi por aprender com você o valor da mesma.

Grande abraço, saudoso!

Valença disse...

Parabéns, poeta, por mantê-la como a uma flor... sempre-viva...

Fabrício César Franco disse...

Eliana,

São comentários, como o seu, que mantém em mim viva a vontade de escrever. Obrigado pela visita!

Abraços!

Raquel Sales disse...

Poeta,

Fiquei pensando no Romano: “A pessoa lá vai no seu barquinho vida adentro e, de repente, encalha numa palavra.” Talvez esteja ai o dilema do poeta (e do leitor, é claro): empacar na palavra. Ler é “tomar a palavra alheia, vesti-la, habitá-la por certo tempo. Escritor, no entanto, não é aquele que acumula palavras obscuras num egoísta museu ou cofre de erudição, mas quem as troca na bela moeda da emoção.”

Bj


p.s.: As citações são da crônica Palavras que atrapalham e ajudam a viver (Affonso Romano de Santana). Vale a pena conferir na íntegra.

Fabrício César Franco disse...

Raquel,

Você é minha bússola para Affonso Romano de Santana. O que ele diz, sobretudo a parte sobre acumular palavras em erudição, diz-me muito a respeito, porque sempre quis tomar para mim a incumbência de acorda-las do sono dos dicionários. Nem sempre bem sucedido, passo, muitas vezes, por hermético, difícil. E o que almejo, tanto: trocá-las "na bela moeda da emoção".

Obrigado por me lembrar da rota.

Um beijo!

Raquel Sales disse...

Poeta,

Ser bússola para Romano??? Quem sou eu pra dar conta de tarefa tããããoooo nobre... rsrsrsr... Apenas indico uns pontinhos na rota...

Quanto à sua erudição, é sempre um bom desafio agradável trocá-la em moedas de emoção.

Inté. Bj

Fabrício César Franco disse...

Raquel,

A erudição pode ser (e tem sido) um impedimento à maior e melhor leitura do que escrevo. Ando buscando um meio-termo... Vejamos quão bem sucedido serei...

Abraço!

Anônimo disse...

Se com palavras se compõem rimas
De rimas nem sempre se fazem poemas
Se poemas nos trazem surpresas
Surpresas maiores nos trazem palavras...

Esse seu poema me tocou especialmente.

Bjuss

Fabrício César Franco disse...

Su,

... Que bom que consegui construir essa ponte entre sua leitura e minha escrita. Tarefa árdua, nem sempre bem sucedida (afinal, é para isso que escrevemos, não é? Para momentos assim!).

Beijo!

 
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