sábado, 3 de outubro de 2015

Vinte e quatro quadros por segundo


Ruínas de um dia. Todas as alternativas
 do apartamento já gastas de tanto uso:
...você que não telefona. E eu plantado
em esperas. Com uma angústia azedando 
nos olhos. Com um coração extraviado, 
Tordesilhas do outro lado da cidade. 
O motor, o pneu, o trânsito? Uma 
pluralidade de desculpas tripula sua 
ausência. Por que você não me liga?

12 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

Prefiro a pergunta:
_ por que ainda espero?

Amor de verdade
não rima com
ruínas e desculpas.

Abração, amigo!

Fabrício César Franco disse...

Renata, poetisa:

Concordo contigo. Mas fazemos concessões, não? E nessas, aguardamos a vida quando o amor estiver ao lado. Melhor viver, independente disso. Aprender tal coisa é uma daquelas lições imprescindíveis.

Abraço e muito grato pela visita!

Raquel Sales disse...

Poeta,

ansiedade do encontro provoca maluquices tantas que nem Freud explica... Só mesmo a poesia pra nos salvar.
Que venham outras tábuas de salvação por meio dos seus escritos.
Bj

Fabrício César Franco disse...

Raquel,

Nesse mundo atribulado em que vivemos, a ansiedade é quase como uma segunda natureza, não? Que a poesia nos salve!

Beijo!

Anônimo disse...

Caríssimo POETA,
Poetas, como você, traduzem expressivamente os SENTIMENTOS HUMANOS (sic).
Sem dúvida, toda espera causa ansiedade. E quanto mais valor damos ao que esperamos, mais cruel é o tempo da espera.
Já experimentei esta angústia tantas vezes... E, "malheureusement", o resultado nem sempre foi compensador.
Meu abraço, com admiração,
Andrea Marcondes

Fabrício César Franco disse...

Caríssima Andrea,

Dizem que "quem espera, sempre alcança". No entanto, acredito que eu não fui talhado para esperar. Fico "conflito" (para usar um termo da infância).

Abraço, com saudade!

Nanda disse...

Eu, como boa dupla libriana e pocinho inseguro por natureza, sou péssima quando é preciso esperar. Os anos passam, mas não melhorei muito nisso.

Fabrício César Franco disse...

Nanda,

Esperar, para qualquer um (acho que até para os mais "zen"), é sempre um processo árduo. Ainda mais nesse nosso tempo, vorazmente ágil e com tudo para ontem.

Abraço!

Filósofas de botequim disse...

Poeta,
A sorte é que eu sei que nem tudo que você escreve é sobre o que você realmente viveu ou sentiu. Caso contrário, eu iria atrás dessa desalmada que te deixou nessa angústia e daria umas palmadas nela. Rsrs

Beijos,
Indi

Fabrício César Franco disse...

Indi,

Desta vez, você errou. Foi sobre mim, sobre o que vivi. Não é recente, ao contrário, faz muitos anos (quando não havia celulares, e a gente vivia na tensão das esperas dos atendimentos nos telefones fixos).

Beijo e obrigado pela visita, pelo comentário, e pela defesa.

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

A sintonia entre texto e imagem (belíssimos) deu todo um charme noir...

Beijo, poeta!

*finalmente recuperei minha senha do blogger... Q saga!

Fabrício César Franco disse...

Rafaela!

Que bom tê-la de volta, aqui, no Logomaquia. E melhor ainda, sabendo que já é, de novo, portadora de sua senha! Obrigado pela visita e comentário!

Beijo!

 
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