quinta-feira, 30 de julho de 2020

Respiração


A ciência me ensina que o ar que respiro
são partículas ínfimas do cosmos
e, que tanto aqui, como em toda parte,
é tudo da mesma feitura e arte.
 

Colijo o universo no meu fôlego.

Não bastasse, a cada aniversário,
sou quase completamente diverso:
composto, permutado e reescrito
em diferentes estilhaços do infinito.

Reparto o universo no meu fôlego.

       Se cada coisa passa por mim,
       portanto estou em todo quê:

       imagino meus devaneios infantis
       hoje compondo o asfalto da estrada,

       meus desalentos adolescentes
       transfigurados numa tela pintada,

       e aquela intenção andarilha
       finalmente chegando onde era esperada.


4 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimo POETA,
Muito bom poder "visitá-lo!"
O confinamento só nos permite sonhar. Embora eu tenha visto, em sua blusa,
o "dito" em Língua Francesa: "Le temps sont durs pour les rêveurs"( sic!)Chegaremos "à intençã0 andarilha onde era esperada". RESPIRE e espere! Virtualmente, você continuará trabalhando, mas voltará a fazê-lo presencialmente: caminhará, VIAJARÁ, visitará amigos!
Grande abraço.
Andrea Marcondes

Fabrício César Franco disse...

Caríssima Andrea,

Temo muito trabalhar presencialmente enquanto a pandemia não estiver controlada. Há que se ter consciência: expor alunos e, princiçalemente, professores à infecção é desumano, quase genocida. O ensino online resolve muitas questões, basta um pouco de força de vontade e determinação (por parte do alunado).

Sigamos.

Rafaela Figueiredo disse...

Aqui, ((suspiros)) entre respiros...

Bjs

Fabrício César Franco disse...

Poetisa,

Por aqui, também.

Beijos!

 
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