domingo, 13 de fevereiro de 2011

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O papel faz a súmula
do meu segredo
de vida: não
passo de uma
cópia não
autenticada
de mim mesmo.


10 comentários:

Ana SSK disse...

Não há garantias...

Fabrício César Franco disse...

Ana,

Raramente as há, mas ainda insisto em achar algo que me fie nessa linha que percorro... :)

nydia bonetti disse...

branco, o meu papel
vive à espera do traço

que o defina
mas não o preencha

— assimétrico espaço

Também gosto muito da tua poesia, Fabrício. Bom domingo! abçs.

Fabrício César Franco disse...

Nydia,

... Estou boquiaberto de contentamento aqui. Uma poesia sua, nos meus comentários! Fico mais que honrado com o presente. Muitíssimo obrigado (inclusive pela inspiração - ler você sempre é gatilho de novos textos)!

Anônimo disse...

O que contem o papel?
Uma cópia exata e fiel
De pensamentos e desejos
Palavras...
Uma verdade quase cruel...
Bjusss

Fabrício César Franco disse...

Su,

Esse meu post quase que deveria dar lugar aos comentários que recebeu, pelo quilate do que foi escrito.

Muito obrigado pela visita!

Beijo!

Will Carvalho disse...

Lembrei de um comentário do Marco Nanine em entrevista ao Melamed. Ele dizia que escreveu uma peça, e quando os atores começaram a encenar ele ficou apavorado "Estavam escancarando a minha vida"...

Acho que de uma forma ou de outra, isso acaba se fazendo presente na nossa poesia, não é?

Fabrício César Franco disse...

Will,

Por mais que não nos queiramos autobiográficos, não há como ser totalmente isento. Hora ou outra, eis que nos pegamos refletidos nas linhas que escrevemos. Mesmo Fernando Pessoa, com seus variados heterônimos, não foi senão ele em todos que criou.

Cabe a nós o discernimento do que escancarar e do que esconder.

Abraço e obrigado pela visita!

Anônimo disse...

Ao longo da vida, sempre fazemos cópias de nos mesmos... às vezes autenticadas, outras não. Isso sim é o segredo que o papel esconde...
Bjuss Fabrício

Fabrício César Franco disse...

Suzana,

... Que bom ter você por aqui, de novo. Obrigado por tanta gentileza!

Abraço!

 
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