sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Da solidão esferográfica


A noite caiu
violentamente
                                                sobre os ponteiros
                                                de minha sanidade.

A insônia
                                                                                                         me vigia,
                                                com aquela
perseverança
                                                que só
                                                ela. Eis que
                                                                                                             estou aqui
                                                provocando
                                                precisamente
a palavra
                                                que não
                                                vem.


10 comentários:

Valença disse...

Fecha os olhos...
Respira lenta e profundamente...
Imagina...aquela ponte do arco íris...
Atravessa!
Verás então uma Valquíria em seu majestoso cavalo. Chega perto, deixa-te tocar por ela!
Vais adormecer. Viu? A insônia foi embora!
E é só esperar...que a palavra...
virá!

Fabrício César Franco disse...

Eliana,

A insônia até que não me é tão antagonista. O problema maior é essa palavra, a bendita palavra que dói no texto e que se recusa a vir - deixando aquele hiato agônico, aquela dor pulsante pela ideia exata. Porém, seguirei seu conselho e método, imaginarei a ponte e (quem sabe?) a musa se torne mais dócil ao meu convite...

Patricia disse...

A palavra, pra ser (vi)vida, tem que vir na hora certa. E ela vem, sempre vem. Esperar é agonia mas é tão melhor que estar alheio! Bom dia, querido poeta!

Fabrício César Franco disse...

Patrícia,

Obrigado pela visita. Concordo contigo, que a palavra tem sua hora precisa. Só ainda não sei lidar direito com a agonia da espera (um aprendizado cotidiano!).

Abraço e seja sempre bem-vinda!

Anônimo disse...

Mas ela - a palavra - veio-lhe... Tão intensa e tão real que, mais do que em outras, nos fez criar uma imagem, uma dita e perfeita palavra...

Fabrício César Franco disse...

Su,

Por isso a minha insistência. Em alguma hora, a palavra há de vir: nessa busca é que me fio.

Beijo!

Anônimo disse...

Oi Fabrício,

a imagem, a ideia, o sentimento...
Tudo muito igual. Atravessamos juntos nossa escuridão, ao mesmo tempo.

Adorei!

Beijos

Fabrício César Franco disse...

Van,

Os sentimentos são, verdadeiramente, universais.

Abraço!

Anônimo disse...

Poeta,

Entendo muito bem esse sentimento. Tem dias que chego a pensar que a minha "lâmpadazinha da ideia" anda queimada, mas aí,no momento em que menos espero, surge uma luz no fim do túnel e vem a inspiração.
Então, meu conselho é: Não se aperrei, quando a ideia faltar, laegie o papel, saia da frente do conputador e vá tomar um café, dar uma volta, que uma hora ela(a ideia) volta e te pega de jeito.

Beijo,
Morena

Fabrício César Franco disse...

Morena,

Tem palavras que não entendi direito (eu ainda não me versei em 'nordestinês'), mas obrigado por me apontar sugestões. Vou segui-las à risca. Que as ideias me façam companhia e as palavras fluam, mais facilmente (para mim e para quem me lê).

Beijo e obrigado!

 
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