sexta-feira, 29 de março de 2013

Clausura



Cada cadeado
determina 
dois cárceres.


16 comentários:

Fernanda Fraga disse...

Reflexivo Fabrício, reflexivo.

Abraço.
Fernanda.

Fabrício César Franco disse...

Fernanda,

Em dias como hoje, que pedem introspecção, nada mais natural do que deixar o pensamento tomar forma e perceber o que nos cerca e limita.

Obrigado pela visita! Abraço!

Anônimo disse...

Dois cárceres, mas também o desejo da liberdade...
Bjusss

Fabrício César Franco disse...

Suzana,

Isso, sempre. O que é o ser humano sem esse desejo? Nada!

Beijo!

Anônimo disse...

Sim, POETA.
Na VIDA, há cadeados que nos impedem de entrar ou sair...é preciso CLAMAR: S.O.S!
...................................
Seu texto me lembrou uma criança muito inteligente, com quem sempre converso; e leio, admirada, o que ela escreve. A narrativa feita por ela mostra um personagem em apuros "que não sabia como é que entrava, nem como é que saía"(sic!)
Grande abraço,
Andrea Marcondes

Fabrício César Franco disse...

Andrea,

Conheço tal criança! E saiba: ela, até hoje, afirma categoricamente que tal frase foi usada fora do contexto, ou melhor, não havia contexto. Ela simplesmente não tinha vocabulário suficiente para exprimir, talvez, o que exprimi aqui: a imobilidade do ser humano frente a tantas portas fechadas, o estar forçosamente estanque por não ter indícios de direção, já que tudo está trancado.

Abraço, com toques proustianos!

Will Carvalho disse...

Acho que as poucas palavras me fizeram grande efeito. Tao verdade que ficarei com essa questao sendo ruminada ainda alguns dias em mim.

Por hora, apenas me pergunto. Queremos/precisamos sair ou entrar?

Fabrício César Franco disse...

Will,

Resposta curtíssima, contundente: sempre!

Abraço!

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Putz! Diz tanto com tão pouco, Franco... muito verdade: tornamo-nos tb prisioneiros do próprio (desejo de?) aprisionar...

Bjo

Fabrício César Franco disse...

Rafaela,

Exatamente! Você conseguiu acertar o nervo da coisa. Estamos constantemente nesse embate: tentando nos libertar para nos ver aprisionados, no instante seguinte.

Beijo!

Nanda disse...

Passando pra desejar, ainda que um tanto atrasada, uma Feliz Páscoa! E como é Páscoa, vou dar pausa na clausura e cadeados e abrir o coração para o que importa. =)

Fabrício César Franco disse...

Nanda,

Que a Páscoa seja símbolo disso, realmente: a abertura de nossos corações para o melhor que a vida pode nos dar.

Obrigado pela visita!

Raquel Sales disse...

Fabrício,

Outra vez, vc se superou... menos foi muuuuuuiiito mais...

Fiquei pensando nas prisões que imponho a mim mesma e aos outros... De qual lado do cadeado estou??? Será que tenho a chave??? Vai levar muito tempo pra descobrir... Talvez a vida inteira...

Bj

Fabrício César Franco disse...

Raquel,

Eu me pergunto as mesmas coisas, todos os dias... E me aflijo ao pensar que a resposta virá tardiamente.

Beijo!

Valença disse...

Quando iremos lembrar o esconderijo em que deixamos a chave do cadeado? Bj

Fabrício César Franco disse...

Eliana,

... Acho que essa revelação só nos virá um pouco tardiamente...

Beijo!

 
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