sábado, 20 de julho de 2013

A estrutura do dia




A tarde ensaia um sol,
enquanto
se despede de um distante
refrão de chuva.
Uma festa
de terra molhada me flui
pelos dedos.
Viajo pelos novos aromas
como ave migratória.

... Decifrando as cicatrizes
deixadas pela correnteza.

12 comentários:

Anônimo disse...

Que tenhamos mais refrões de chuva e menos ensaios de sol.Amo tanto esses dias cinzas.

Beijo,meu poeta preferido!

Morena

Fabrício César Franco disse...

Morena,

... Merecemos menos dias tórridos, e mais tardes gris. Até para que tenhamos um pouco mais de descanso.

Beijo, leitora tão querida!

Raquel Sales disse...

Fabrício,

Dias são surpresas...
“Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.” (Pessoa)
“E a gente no meio da rua
Do mundo, no meio da chuva
A girar
Que Maravilha!” (Jorge Ben Jor)
Chuva e cheiro de terra molhada transportam-me para um tempo em que me permitia girar e brincar nas poças d’água... Enlamear até a alma e reencontrar a mãe-terra. E como era bom!!!

Obrigada por me permitir resgatar agradável lembrança...

Bj

Fabrício César Franco disse...

Raquel,

Eu que agradeço a você por trazer Pessoa e Benjor num mesmo comentário. Gosto tanto dessa música dele; lembro-me de minha infância, ainda em Caratinga (e a lembrança das gotas caindo das telhas no quintal/varanda lá da casa da vila).

Beijo!

Anônimo disse...

Oi Fabrício

Senti um frescor... Chuva refresca e faz brotar.

Beijos

Anônimo disse...

Caríssimo POETA,
Com arte poética, você FOTOGRAFA "A Estrutura do Dia".
Escreva sempre!Utilize esta corrente geradora de IMAGENS/PALAVRAS, captadas por uma lanterna mágica, que se chama TALENTO.
Grande abraço,
Andrea Marcondes

Fabrício César Franco disse...

Van,

Que a secura desse tempo invernal tenha - sim! - momentos de mais frescor para que a vida medre.

Beijo e obrigado pela visita!

Fabrício César Franco disse...

Andrea querida,

Minha lanterna está mais para espelho do que vejo, do que emissora de luz. Se tanto, verto em palavras o gume e o lume que se me dão.

Abraço, com carinho saudoso!

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Éclogas líquidas... um berço esplêndido nestes dias - por aqui tb.

Bjo, Franco

Fabrício César Franco disse...

Rafaela,

... Aqui, as chuvas já deixaram saudade. O Nordeste não sabe o que são, definitivamente. Volta a seca, o sol árido, tudo como de antes.

Beijo!

Anônimo disse...

Pequena fração das sensações que fazem a minha vida tão cheirosa, tão barulhenta.

Fabrício César Franco disse...

Su,

Feliz de você, então! Chuvas, por aqui, são raras. Assim, causam impressão diversa daquela que eu tinha quando morava no Sudeste (mais espanto do que qualquer outra coisa).

Abraço e obrigado pela leitura generosa!

 
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