domingo, 16 de abril de 2017

Diverso


De vez em quando, 
precisamos de um milagre às avessas 
para desnudar a linguagem, 
fazê-la durar por um minuto
: tão somente 
a vasilha com o vinho – 
uma recusa sacramental em se multiplicar, 
reclamando 
através disso 
um único pedaço de pão, 
um único peixe.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimo POETA,
Que você continue sendo iluminado pelas LUZES da PÁSCOA!
............................................................................
(Preferi não "focar' no tema da divergência do milagre.)
Permita-me o seguinte comentário: sem dúvida, é muito importante que não se use o MAU VINHO (sic!)que leva ao vício. O que precisamos reconhecer é que em todos os milagres relatados na Bíblia (como ocorre na MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES) está presente a MISERICÓRDIA DIVINA. E é esta CARIDADE que devemos aprender e praticar.
Perdoe-me a prolixidade!(Preciso exercitar: less is more!)
Grande abraço,
Andrea Marcondes

Fabrício César Franco disse...

Andrea, caríssima,

Vejo que a internet voltou a funcionar. Fico feliz.

Quanto à prolixidade, não se preocupe, nunca foi problema por aqui.

Obrigado pelo comentário, é bom "dialogar" sobre a poética, pois nem sempre ela vem para concordar com o que se espera do escrito. "Au contraire", ela deve ser, como em toda Arte, um fomento para a discussão, para a ampliação da alteridade, da compreensão que não somos os detentores da verdade. Há outros - diversos! - pontos de vista igualmente importantes e tão válidos quanto o nosso. Isto posto, não invalida a interpretação de cada um. Afinal, "a mensagem está em quem recebe".

Abraço, com saudade.

Rafaela disse...

Verdade... e vc usou tão bem a essa analogia entre o poético e o divino...

Bjo, poeta

Fabrício César Franco disse...

Poetisa,

Obrigado novamente pela visita. Sempre é bom ter sua leitura em meus escritos.

Beijo!!

 
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