quarta-feira, 6 de abril de 2011

De um amor sem piedade


O amor está morto. 
E quem escreve poemas,
nesse tempo de
átimos e átomos,
está disparando no vazio.

Mas
o verbo amar,
cruel,
acossa-nos
por onde quer que vamos.


12 comentários:

Valença disse...

Será que estamos disparando no vazio? E será que o vazio também não produz eco? bjs

Fabrício César Franco disse...

Eliane,

E o eco, talvez não seja oriundo do mesmo som que emitimos, e a gente pense que é uma resposta, quando não é? rs rs rs

Anônimo disse...

Fabrício,
quem sabe o amor morto ainda renasça e morra outra vez para renascer ainda outras.
Façamos poemas conjugando o verbo às ações.
Beijo.

Fabrício César Franco disse...

Elem,

Justamente por conjugar o verbo às ações é que o poema foi escrito. Ainda que a experiência não tenha sido em primeira pessoa, o bom observador consegue (re)construir a experiência. Abramos os olhos. Afinemos os ouvidos. A vida é urgente e agora.

Beijo!

Matheus Matos disse...

esse tal vazio nao eh tao vacuo absoluto, nem tao somente eco de n'os
mesmos....

n pra gente, que vive poesia....

mas sim, um presente, o amor esta morrendo....

Fabrício César Franco disse...

Matheus,

Ainda que o amor não esteja totalmente fadado à morte, ele está bastante desgastado pelo mau uso de que é feito, seja no vivido, seja no escrito...

Obrigado pela visita ao Logomaquia!

Nena de Castro - MACUNADRU disse...

Alô mneiro "bão", ancorado em outras paisagens por esses brasis afora! Um araço ipatinguense, de Nena de Castro, que finge ser poeta e cronista, e "finge tão completamente"
que acredita que o melhor é fugir pra Marangalha ou Pasárgada, "longe desse insensato mundo"... Mineiramente, escondo minhas dores por entre as montanhas, e quase pétrea, me zango com o coração, que insisite em palpitar. Beijos, grande poeta! Vou ler seu "bróguio" sempre!
BEIJOS
Lady Macunadru Muriçoca, UAI!

Fabrício César Franco disse...

Nena,

Quanta a honra a minha, tê-la como leitora de meu 'bróguio'. Você não sabe a alegria que tenho em saber que meus textos estão sendo lidos por você. Tenho grande respeito por você, além de enorme gratidão (afinal, você é 'amiguinha' - nas palavras delas - de minha mãe e tia). Assim como elas, 'quem gosta dos meus, trata-os bem, torna-se meu amigo também'.

Beijos deste mineiro expatriado!

Talita Prates disse...

Adorei.................

=/

Fabrício César Franco disse...

Surpreendente ter um comentário seu, poetisa, num poema de tanto tempo. Fico encantado com sua generosidade!

Obrigado!

Anônimo disse...

Sempre profundo. Sempre provocando reflexoes.
Uma faceta de um homem que surpreende.
Gostei muito (e o conteúdo está me martelando o íntimo). Agora é que vai ser... rs
[Diana Coy]

Fabrício César Franco disse...

D.Coy,

Não há escapatória, (in)felizmente. Está em todo lugar, insidioso. Todavia, sabendo lidar com ele, cavalgá-lo pode ser até uma aventura feliz.

Beijo!

 
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