terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vana verba


Onde foi que me despendi ultimamente? 
E que importância paguei 
para nem encontrar meu troco, 
os bolsos vazios? 

Meu cofre de interesses trincou-se
(a porcelana fendida em cacos)
e não tenho mais onde
depositar o pouco proveito.

Vou despendendo minhas sensações,
gastando-me constantemente. 

Exponho meu saldo:
estou falido, no prejuízo
do valor que não me dão. 

Já nem dou conta deste fundo, 
precárias horas sacadas 
e desembolsadas por completo 
no crediário da vida.

10 comentários:

Raquel Sales disse...

Fato: vida gasta-se a cada instante. Opção: aplicar em fundos de elevada solidez/liquidez... Ou seja: família e amigos.

Desejo-lhe boas aplicações em 2014.

Até ano que vem, Fabrício.

Bj

Nanda disse...

Que pixa, Fabrício Brown. Se viu o vídeo; estou um tantinho mais otimista.rs - Mas como novídeo, desejo o que há de melhor e no seu caso; do seu jeito! Feliz Ano Bebê!!!

Anônimo disse...

Caríssimo POETA,
Mesmo áspera, a crise é benéfica e salutar porque nos desinstala e amadurece.
Na arte de viver, cabe-nos administrar obstáculos, rotinas e contrariedades.
..................................
Aproveite o momento e peça a DEUS a coragem da águia para " destruir o bico do ressentimento, arrancar as unhas do medo, retirar as penas das asas dos maus pensamentos; e alcançar um lindo vôo para uma vida nova"!
Grande abraço, reiterando minha admiração.
Andrea Marcondes

Fabrício César Franco disse...

Raquel,

Obrigado pela consideração. Espero que você não deixe de vir visitar o Logomaquia em 2014. Um abraço!

Fabrício César Franco disse...

Nanda,

Grato, uma vez mais e sempre, pelo afeto. Um abraço, carinhoso!

Fabrício César Franco disse...

Andrea,

Investimentos caros esses, o vencer das contrariedades. Há horas em que a falência - de tudo, de toda ordem - parece ser o único trajeto.

Contudo (e sempre há um contudo), um novo alento surge e eis que voltamos a investir na vida.

Abraço, saudoso e com carinho...

Anônimo disse...

Pois é... Me afastei das letras nestes últimos tempos, mas estou cá de volta... Fabrício, amigo poeta, mais valor temos na medida em que nos damos este valor... Mais valioso é o que pensamos de nós mesmos... Que se quebrem os cofrinhos. Vão-se as falsidades e ficam as qualidades.
Bjuss

Fabrício César Franco disse...

Su,

... Nem sempre podemos ser nossos próprios auditores, não é? Vezes sem conta somos avaliados pela auditoria alheia, e penamos com isso.

Beijo!

Rafaela Figueiredo disse...

é, poeta!
viver é caro - têm preço o corpo e a alma?

to em hiatus continuum.
mas quero sempre passar aqui. quem sabe me inspira?

um beijo grande
com feliz tudo novo [de novo]!

Fabrício César Franco disse...

Rafaela,

... Por que do hiato? Falta de tempo? Que eu consiga lhe inspirar para novas escrituras.

Beijo grande, e um ano novo de inspirações!

 
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