sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quiromancia


Há rios secos nas mãos,
                                                   onde o destino encalhou.

20 comentários:

Anônimo disse...

E, na secura destes rios, correm verdadeiras corredeiras de lágrimas pelo desejo de desencalhar o destino...

Fabrício César Franco disse...

Cabe a nós saber ler as marcas deixadas, procurando entrocamentos onde as nossas linhas possam se encontrar.

Abraço!

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

não imaginei que fosse tão sensacional nesse sintetismo, que tanto admiro!
o destino sem fluxo na desleitura dos fios [d'água?] da mão...

adorei!


beijo, querido Franco!

Fabrício César Franco disse...

Parece-me que estamos na mesma sintonia de buscar sentido nos traços deixados, como pistas, ao longo da vida de cada um, não é? O tema tem sido recorrente no que você escreve, também...

Obrigado pelo elogio. Para mim, os poemas mais curtos são aqueles que demoraram mais a serem geridos; como nas ostras, são concreções que vão se sedimentando e encolhendo, até só o essencial permanecer - e não é um processo fácil ou indolor.

Beijo, caríssima!

Anônimo disse...

Cada leitura me faz procurar um outro veio de água. Lindo. Sintético. Essencial.
D. Coy

Fabrício César Franco disse...

D. Coy, dear:

Os antigos usavam forquilhas nessa busca. Hoje, aprendi contigo, usamos a arte.

Obrigado pela visita e comentário.

Beijo!

Anônimo disse...

A profundidade na SÍNTESE!
Imagino seu trabalho ao escrever TANTO, com tão poucas palavras...
("Less is more!")
...................................
Abraço, com admiração, caríssimo POETA!
Andrea Marcondes

Raquel Sales disse...

Fabrício,

sempre que vc é menos é mais... Perfeito. bjim

Anne Crystie disse...

Não sei o que quero dizer.
Na verdade, a sentença calou o que eu diria até quando lia apenas a imagem. É isso.

Um beijo, teacher.

Fabrício César Franco disse...

Andrea,

Tenho aprendido, ao longo dos anos, a preciosa lição de João Cabral de Melo Neto: "escrever é cortar". Isso, claro, sempre à luz do que José Paulo Paes escreveu: "conciso, com siso... Prolixo, pro lixo".

Meu abraço carinhoso!

Fabrício César Franco disse...

Raquel,

Obrigado pelo elogio. Isso aumenta a aposta, o risco: os venenos mais letais estão sempre em frascos menores. Nos poemas, assim também?

Abraço!

Fabrício César Franco disse...

Anne Crystie,

Que bom ter sua visita por aqui.

Saber-me lido (e comentado!, não mais) por você é muito interessante. Espero que você volte, mais vezes!

Beijo, com carinho!

Will Carvalho disse...

"Falta um elo na ponte que o destino traçou"

Fabrício César Franco disse...

Will,

Você me deixou curioso. Que elo seria esse?

Will Carvalho disse...

Cada um tem o seu.
Às vezes é a mão que deixou de ser esticada. O passo que não foi dado.

Fabrício César Franco disse...

Will,

Não havia pensado dessa forma... Muito interessante a sua perspectiva!

Abraço!

Regina disse...

Essa é uma de minhas preferidas!!! Como faço para compartilhá-la no facebook, Fabrício...

Fabrício César Franco disse...

Regina,

Para divulgar os meus escritos, basta copiar o link da página para a rede social que você pensa em usar, citando a fonte, obviamente.

Obrigado pela palavra elogiosa.

Valença disse...

Que imensidão de histórias naquelas linhas tão pequenas...
Que vastidão de verdade nestas linhas tão curtas...
bj

Fabrício César Franco disse...

Eliana,

... Que saibamos ler, simplesmente. E ouvir. Pois as histórias carecem de ser contadas.

Beijo!

 
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