Se me permite o palpite... Melhor ser cateto matemático que cateto zoológico... O primeiro dá sustentação, o segundo, devora o que lhe aparecer pela frente... É bicho bravo que só...
O texto - por ser um haikai, poema curtíssimo, de dezessete sílabas - foi um enxugamento radical de palavras, na tentativa de significar mais com menos. Talvez daí tenha surgido o enigma. Mas a interpretação - toda ela - é válida, até mesmo por me mostrar mais o olhar da leitora (bióloga).
Longe de acreditar que suas palavras sejam antagônicas, enigmáticas, prefiro acreditar num sentimento mais para um raio luminoso que incide sobre o seu reflexo... Bjuss
Obrigado por lançar mais essa luz sobre meus escritos. Procuro, sim, iluminar outras sendas e paragens com o que escrevo, ainda que sejam, como dessa vez, muito pessoais. Mas li, certa feita, que "do pessoal faz-se o universal". Foi meu intento.
Caríssimo Poeta, Sempre me encantei com seus haikais. Conheci alguns, nos tempos da UFMG; inclusive os publicados com seu pseudônimo japonês. Mas declaro minha incapacidade de decifrar a METÁFORA do CATETO. Talvez pela minha ignorância em relação aos PRINCÍPIOS PITAGÓRICOS. ................................... Ouso perguntar: "Não ter talento para cateto" seria ACHAR DIFÍCIL A "ADJACÊNCIA" (sic!) A OUTRO(S) COM QUEM GOSTARÍAMOS ( OU PRECISAMOS DE,,,)"FORMAR UM ÂNGULO RETO"? ................................... Ai! delete meu tolo questionamento! Grande abraço, Andrea Marcondes
A metáfora do cateto é simples, pelo menos, a meus olhos: ambos disputam a hipotenusa. E ela não se decide por nenhum. Daí a famosa figura do triângulo amoroso. Não quero ser cateto de nenhuma hipotenusa. Prefiro, tão somente, a felicidade de ser metade de um círculo formado com outra metade que seja da minha amplitude.
Grande abraço e saiba: nenhum questionamento seu é tolo.
... A planificação do futuro, perfeitamente arquitetônico, anti-natural, nos força a esse mundo de quinas e retas. Voltar não nos é permitido mais. Resta humanizar tanta concretagem, tanta dureza.
18 comentários:
Poeta,
Se me permite o palpite...
Melhor ser cateto matemático que cateto zoológico... O primeiro dá sustentação, o segundo, devora o que lhe aparecer pela frente... É bicho bravo que só...
Bj
Que bom, porque eu tenho me sentido o quadrado da hipotenusa...
Também não; nunca tive! Rs
Mas a sua (nossa) vantagem é poder falar, com toda a autonomia - da palavra, a q nos subordinamos...
Beijão
Raquel,
... Pelo menos, o do zoológico tem o prazer de poder devorar o que sente fome e não sofre por ser traído... Que é a metáfora aqui.
Beijo!
Liu,
Você ser o quadrado da hipotenusa é algo tão natural quanto respirar. Você sempre foi "plus".
Beijo!
Rafaela, poetisa,
Nos subordinamos à palavra, mas nem todos o fazem, e sofremos por isso. Cada dia mais ela perde o valor nos relacionamentos.
Beijo, com carinho!
Muito profundo! O mais bacana é que vc tem sim talento! O étimo poético!!!
Show!!!!
Abraços.
Regina.
Regina,
Fico muito envaidecido e agradecido por suas palavras. Mas o melhor é ter sua visita por aqui. Muito obrigado e volte quando quiser.
Um abraço!!!
Fabrício,
confesso que de todos os seus textos este soou-me mais enigmático... Não entendi sua intenção... Chutei pro lado que a minha percepcão conduziu...
Sinal de que sua arte é múltipla, portanto de altíssima qualidade... (ou minha percepção é rasa??? rsrsrs)
Bj
Raquel,
O texto - por ser um haikai, poema curtíssimo, de dezessete sílabas - foi um enxugamento radical de palavras, na tentativa de significar mais com menos. Talvez daí tenha surgido o enigma. Mas a interpretação - toda ela - é válida, até mesmo por me mostrar mais o olhar da leitora (bióloga).
Beijo!
Longe de acreditar que suas palavras sejam antagônicas, enigmáticas, prefiro acreditar num sentimento mais para um raio luminoso que incide sobre o seu reflexo...
Bjuss
Su,
Obrigado por lançar mais essa luz sobre meus escritos. Procuro, sim, iluminar outras sendas e paragens com o que escrevo, ainda que sejam, como dessa vez, muito pessoais. Mas li, certa feita, que "do pessoal faz-se o universal". Foi meu intento.
Beijo!
Caríssimo Poeta,
Sempre me encantei com seus haikais.
Conheci alguns, nos tempos da UFMG;
inclusive os publicados com seu pseudônimo japonês. Mas declaro minha incapacidade de decifrar a METÁFORA do CATETO. Talvez pela minha ignorância em relação aos PRINCÍPIOS PITAGÓRICOS.
...................................
Ouso perguntar: "Não ter talento para cateto" seria ACHAR DIFÍCIL A
"ADJACÊNCIA" (sic!) A OUTRO(S) COM QUEM GOSTARÍAMOS ( OU PRECISAMOS DE,,,)"FORMAR UM ÂNGULO RETO"?
...................................
Ai! delete meu tolo questionamento!
Grande abraço,
Andrea Marcondes
Andrea,
A metáfora do cateto é simples, pelo menos, a meus olhos: ambos disputam a hipotenusa. E ela não se decide por nenhum. Daí a famosa figura do triângulo amoroso. Não quero ser cateto de nenhuma hipotenusa. Prefiro, tão somente, a felicidade de ser metade de um círculo formado com outra metade que seja da minha amplitude.
Grande abraço e saiba: nenhum questionamento seu é tolo.
Caríssimo POETA,
Obrigada pela explicação! Além de escritor,você é, sobretudo, "THE TEACHER"!
Grande abraço,
Andrea Marcondes
Andrea,
Tudo para tirar o hermetismo do que escrevo.
Abraço, com carinho!
Acho que "sofro" da mesma falta.
Por isso, sempre fui apreciador da inconstância das curvas, do caos. Os traços retos e perfeitos passaram despercebidos por mim.
A pena é que o mundo anda tão reto.
Will,
... A planificação do futuro, perfeitamente arquitetônico, anti-natural, nos força a esse mundo de quinas e retas. Voltar não nos é permitido mais. Resta humanizar tanta concretagem, tanta dureza.
Abraço!
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